quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Pâncreas, Diabetes e Exercício

Pâncreas


O pâncreas, além de suas funções digestivas, secreta dois hormônios importantes, insulina e glucagon, que são cruciais para a regulação normal do metabolismo da glicose, lipídios e proteínas. Uma parte do Pâncreas é formada por um tecido conhecido por Ilhotas de Langerhans, o qual possui três tipos celulares principais:

·         Células α(alfa)- Função de liberar Glucagon para realizar a glicogenólise (quebra do glicogênio hepático) e o aumento da gliconeogênese no fígado, assim aumentar a disponibilidade de glicose para outros órgãos do organismo (aumento da glicemia).

·         Células β(beta) – Função de liberar Insulina para aumentar captação de insulina e assim diminuir a glicemia.

·         Células δ(delta) – Função de liberar Somatostatina para inibir a secreção de Glucagon e de Insulina

Glicemia é a concentração de glicose no sangue. E seus valores e classificação são:

·         Jejum (Normal) – 100 mg/dl

·         Pré-Diabético – 100 a 120 mg/dl

·         Diabético – 130mg/dl

Estar em estado de Hipoglicemia afeta (prejudica) principalmente o Sistema Nervoso Central, pois o seu funcionamento depende fundamentalmente de glicose. Já estar em estado de Hiperglicemia afeta principalmente o sistema vascular, pois as células das paredes dos vasos perdem água para o meio mais concentrado, o sangue no caso.

Para que a glicemia se mantenha estável (80 a 100 mg/dl) da liberação de glucagon e de insulina. Quando a glicemia está baixa é liberado glucagon para realizar a quebra do glicogênio. E quando a glicemia está alta é liberada a insulina para captar a glicose do sangue e carrega-las para dentro das células musculares.


Quando acordamos estamos com os valores de glicemia baixos, por isso o glucagon que está liberado é alto. Já quando comemos os valores da glicemia se elevam muito, sendo assim há uma maior liberação de insulina, para assim captar este excesso de glicose que está no sangue.


OBS: O exercício diminui a resistência da captação da insulina. Pois aumenta a sensibilidade do receptor de insulina. Sendo assim uma quantidade menor de insulina consegue o mesmo efeito que mais insulina em repouso. Por isso há uma queda na liberação da insulina durante o exercício. Já no exercício há uma maior liberação de glucagon, para que haja maior quebra do glicogênio e assim não deixando a glicemia cair.


Diabetes


Possuímos três tipos de diabetes. Diabetes Insipidus e Diabetes Melitus, esta que se divide em dois tipos.

Diabetes Insipidus (sem gosto):
Caracteriza-se por o indivíduo produzir urina sem gosto. Este indivíduo possui uma incapacidade de produzir o hormônio ADH, por isso não há grande reabsorção de água nos rins e assim gerando uma urina muito diluída. Este tipo de diabetes não gera morte.

Diabetes Melitus (doce/mel) do Tipo I:
Caracteriza-se por o indivíduo produzir urina com gosto. Geralmente surge na primeira infância, antes da puberdade. Pode ser causada por uma lesão (destruição) das células β (beta) do pâncreas, ou por doenças que prejudicam a produção de insulina. As principais sequelas são: aumento da glicose no sangue; aumento da utilização dos lipídios como fonte de energia e para formação de colesterol pelo fígado; depleção da proteínas do organismo; emagrecimento da criança. O tratamento para este tipo de diabetes se dá através de injeção de insulina no organismo, dieta balanceada e exercícios.

Diabetes Melitus (doce/mel) do Tipo II:
Caracteriza-se por o indivíduo produzir urina com gosto. Geralmente aparece na maturidade e a obesidade é tida como o principal fator de risco da doença. A doença está associada a um aumento de lipdis intramusculares. Com isso o indivíduo passa a possuir uma grande concentração de insulina, o que resulta em uma resistência insulínica pelo organismo. Como tratamento é utilizado um hipoglicemiante oral, juntamente com uma dieta balanceada e exercícios. Consequentemente por este indivíduo passar horas do dia com a glicemia alta, o pâncreas pode vir à falência com o passar dos anos. Tornando este paciente dependente de insulina também.

Quadro do Diabético:
·         Angiopatia (doença nos vasos sanguíneos)
·         Retinopatia (lesões na retina ocular)
·         Neuropatia (lesão do nervo periférico, somático ou autônomo)
·         Nefropatia (lesão renal)

Causas de mortes mais frequentes em diabéticos:
·         Infarto cardiovascular
·         AVC isquêmico
·         Insuficiência renal


Cuidados com diabéticos
·         Conversar com o médico, para conhecer o tratamento e horários de medicação do aluno. O aluno não deve fazer exercício no momento em que ele alcança o seu pico de insulina no organismo, pois poderá causar-lhe hipoglicemia muito rápida. Pois no exercício a insulina possui uma baixa resistência de captação. Os tipos de insulinas injetáveis variam entre si. Por isso da importância de saber qual o tipo de insulina o paciente está utilizando.
·         Evitar exercícios de alto impacto. Pois diabético perdem muito da sensibilidade subcutânea. E exercícios de alto impacto produzem muitos hematomas em alunos diabéticos. Sendo assim hematomas muitas vezes passam despercebidos por estes alunos.
·         Cuidar com o “Pé Diabético”. Alunos por não terem muita sensibilidade subcutânea, podem não perceber bolhas e machucados nos pés.  Somados ao local escuro e mal arejado proporcionado por alguns calçados, pode causar grandes infecções.

Outro marcador de Diabetes:
            Hb A1C (Hemoglobina Glicada)
- Valor médio de glicemia nos últimos 3 meses (Bom apenas para resultados de longo prazo)

·         4 a 5% = Normal
·         5,5 a 7% = Pré-Diabético
·         Mais que 7% = Diabético


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