INTERRELAÇÃO DE ROTAS
Ao longo
de exercícios físicos diferentes, a dinâmica de liberação de energia também
difere, pois em cada um deles a utilização dos sistemas de creatina-fosfato,
glicólise, lipólise e proteólise, para ressíntese de ATP (moeda energética do
corpo), ocorra em proporções diferentes.
A
intensidade dos exercícios pode ser medida de duas formas:
• Absoluta
– é expressa em grandezas físicas, como km/h, Watt, N.m e kg.
• Relativa – expressa, em porcentagem, quanto uma
intensidade absoluta representa, fisiologicamente, para o indivíduo em
determinada atividade física.
Dependendo
do tempo de duração da atividade física, na intensidade relativa máxima,
muda-se a rota metabólica principal do organismo. Até aproximadamente 20
segundos, a rota principal é a da creatina fosfato, tendo também contribuição
importante da glicólise anaeróbia e, menos substancialmente, das rotas
aeróbias. Em atividades mais prolongadas, em torno de 3 minutos, sistema de
creatina fosfato perde importância, tendo uma predominância do metabolismo
glicolítico, seguido do sistema aeróbio. Em maiores durações de exercício, o
metabolismo aeróbio se torna a principal fonte de energia.
Dominar
a diferença entre predomínios de rotas metabólicas é importante para que se
possa direcionar o exercício de acordo com os objetivos do indivíduo que se
está treinando.
A via
aeróbia é composta pelo metabolismo glicolítico e o lipolítico: durante o
inicio do exercício a principal via de fornecimento de energia dentro do
sistema aeróbio é a glicólise, havendo também uma contribuição da lipólise. E
em tempos mais prolongados de atividade o principal sistema utilizado é a
lipólise, com menor contribuição glicolítica.
A
“escolha” da via a ser utilizada durante o exercício depende da intensidade e
da duração da atividade. Atividades de curta duração geralmente possuem uma
demanda energética muito alta, na qual se exige uma grande potência na execução
de movimentos rápidos, por isso a principal rota metabólica nesse tipo de
atividade seria a menos complexa e mais rápida no fornecimento de energia, no
caso a rota ATP-CP. Em exercícios de maior duração essa rota não seria
suficiente, pois o corpo possui estoques baixos de creatina fosfato, o que
acarretaria na perda de potência e perda do rendimento pelo atleta, porém em
exercícios com maiores duração o metabolismo aeróbio entra em ação, uma vez que
há tempo necessário para as ações enzimáticas responsáveis por fazer esse
sistema funcionar atuem e o atleta consiga desempenhar a atividade com a
intensidade necessária para atingir o resultado desejado.
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