quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

INTERRELAÇÃO DE ROTAS


INTERRELAÇÃO DE ROTAS

Ao longo de exercícios físicos diferentes, a dinâmica de liberação de energia também difere, pois em cada um deles a utilização dos sistemas de creatina-fosfato, glicólise, lipólise e proteólise, para ressíntese de ATP (moeda energética do corpo), ocorra em proporções diferentes.
A intensidade dos exercícios pode ser medida de duas formas:
   Absoluta – é expressa em grandezas físicas, como km/h, Watt, N.m e kg.
• Relativa – expressa, em porcentagem, quanto uma intensidade absoluta representa, fisiologicamente, para o indivíduo em determinada atividade física. 
Dependendo do tempo de duração da atividade física, na intensidade relativa máxima, muda-se a rota metabólica principal do organismo. Até aproximadamente 20 segundos, a rota principal é a da creatina fosfato, tendo também contribuição importante da glicólise anaeróbia e, menos substancialmente, das rotas aeróbias. Em atividades mais prolongadas, em torno de 3 minutos, sistema de creatina fosfato perde importância, tendo uma predominância do metabolismo glicolítico, seguido do sistema aeróbio. Em maiores durações de exercício, o metabolismo aeróbio se torna a principal fonte de energia.
            Dominar a diferença entre predomínios de rotas metabólicas é importante para que se possa direcionar o exercício de acordo com os objetivos do indivíduo que se está treinando.
A via aeróbia é composta pelo metabolismo glicolítico e o lipolítico: durante o inicio do exercício a principal via de fornecimento de energia dentro do sistema aeróbio é a glicólise, havendo também uma contribuição da lipólise. E em tempos mais prolongados de atividade o principal sistema utilizado é a lipólise, com menor contribuição glicolítica.
A “escolha” da via a ser utilizada durante o exercício depende da intensidade e da duração da atividade. Atividades de curta duração geralmente possuem uma demanda energética muito alta, na qual se exige uma grande potência na execução de movimentos rápidos, por isso a principal rota metabólica nesse tipo de atividade seria a menos complexa e mais rápida no fornecimento de energia, no caso a rota ATP-CP. Em exercícios de maior duração essa rota não seria suficiente, pois o corpo possui estoques baixos de creatina fosfato, o que acarretaria na perda de potência e perda do rendimento pelo atleta, porém em exercícios com maiores duração o metabolismo aeróbio entra em ação, uma vez que há tempo necessário para as ações enzimáticas responsáveis por fazer esse sistema funcionar atuem e o atleta consiga desempenhar a atividade com a intensidade necessária para atingir o resultado desejado.

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