Análise Crítica do Filme “Muito Além do
Peso”
O filme é
baseado em um documentário sobre as causas e os problemas causados pela
obesidade no mundo, e principalmente no Brasil. Acredita-se que esta pandemia
se instaurou principalmente após Primeira e Segunda Guerra Mundial, nas quais
houve um grande aumento na produção de alimentos processados e após o termino
precisou-se encontrar uma nova maneira de tornar-se rentável e com isso as
pessoas foram seduzidas. A má alimentação das pessoas e consequentemente a
obesidades estão diretamente relacionadas à causa de doenças como Diabetes Tipo
II, Doenças Cardiovasculares, Depressão, Câncer (alguns tipos) e Estresse. Mais
alarmante ainda é notar que nos EUA as causas de mortes que lideram são de
doenças como Doenças Cardíacas, Cânceres, Derrame e Diabetes e que também são
causadas pela obesidade e alimentação inadequada.
No Brasil
33,5% das crianças estão com sobrepeso ou obesidade. É surpreendente visualizar
no documentário, que existem crianças e pré-adolescentes, que não fazem a menor
ideia do nome de certos legumes e frutas. E que quando questionados sobre nomes
de produtos industrializados, como guloseimas, salgadinhos e bebidas adoçadas, reconhecem
sem titubear. Somado ao problema da má alimentação das crianças de hoje temos o
fato de que com o aumento das grandes cidades e suas criminalidades. Talvez por
isso não vejamos mais crianças indo a parques públicos, primeiro por cada vez
mais aumentar a escassez destes lugares, devido ao grande aumento da construção
de grandes prédios e empreendimentos nos seus lugares. E em segundo lugar pela
insegurança que se instaurou na sociedade atual, na qual pais não querem se
arriscar ao deixar que seus filhos saiam de casa para brincar, correndo o risco
de sofrerem com a criminalidade que lá estará. Com isso cresce o número de
horas que as crianças ficam na frente de videogames, computadores e televisões.
E diminui a horas de crianças se exercitando e brincando nas ruas e parques.
Crianças
por dia, em média, assistem/brincam de 3 a 5 horas de televisão, computador, ou
videogame. E estudos mostram que quanto maior este número de horas, maior é o
índice de obesidade destas crianças. Porém esta obesidade não se resume
simplesmente ao fato das crianças estarem substituindo o exercício físico pelo
entretenimento virtual, mas sim também ao “bombardeiro” de marketing de
empresas multimilionárias, que usam da televisão para assediar e “atacar” as
crianças com seus produtos altamente apelativos, que utilizam de
brinquedos/brindes (normalmente personagens de desenhos animados famosos)
vinculados a alimentos altamente calóricos e de péssima qualidade para a saúde.
Sendo assim, fica difícil para que os pais consigam se defender destes
assédios, pois muitos têm de sair para trabalhar por horas. Ficando a mercê destas
propagandas que são transmitidas sem nenhum tipo de filtragem, para as crianças
que assistem televisão durante um dia inteiro. Mas nem por isso os pais estão
completamente livres da culpa. Pois ainda assim eles continuam responsáveis
pela educação e a alimentação dada aos seus filhos. Pais são coniventes com as
situações de sobrepeso e obesidade de seus filhos, quando cedem as birras que
seus filhos fazem quando lhes são negados refrigerantes e comidas gordurosas.
Também cada vez mais refrigerantes e bebidas adoçadas estão presentes na
alimentação diárias das famílias.
Adultos e
crianças estão cada vez mais viciados em açúcar, gordura e sal nos alimentos.
Este consumo excessivo é responsável pela morte de 35 milhões de pessoas no mundo
a cada ano. Mesmo assim esta indústria continua a crescer e utiliza de algumas
camuflagens, como substituir a palavra açúcar por carboidratos nas tabelas
nutricionais das redes e produtos de fast-food. Ou utilizarem referências nas
embalagens do tipo: 100% integral, 0% de gordura trans, contém néctar natural
da fruta. Assim conseguem manter seus malefícios ocultados e assim iludindo
seus consumidores. Grandes corporações
deste ramo dominam a economia do mundo atualmente e facilmente vemos governos
sendo submissos às atitudes tomadas por estas grandes empresas. Entretanto este
assédio e agressão à saúde continuam graças ao nosso próprio financiamento. Se
pessoas se conscientizassem e também seus filhos, com certeza estas empresas
não teriam a quem vender seus produtos. E com isto terão que cessar.
Considerei
este filme muito bom, causando-me um forte impacto com os dados alarmantes nele
contido. Um filme que recomendo a qualquer pessoa, de qualquer idade. Um filme
que a meu ver tem um grande e benéfico objetivo, mas que por dificuldades
impostas pelas grandes empresas de fast-food e pela ignorância da sociedade,
que se deixa levar por estes assédios, terá um grande caminho a ser percorrido
pela frente ainda na conscientização das pessoas.
Curiosidades que o filme nos traz:
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