quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

VS (Volume Sistólico e Q (Débito Cardíaco)

VS (Volume Sistólico e Q (Débito Cardíaco)


Volume Sistólico (VS)

Volume Sistólico é a quantidade de sangue que é jogada após uma sístole (contração de câmara cardíaca).

Volume Sistólico = Volume Diastólico Inicial – Volume Diastólico Final

            O volume Sistólico é aumentado com o exercício. Pois há um aumento do retorno venoso, pois há:
·         Bomba Muscular: músculos contraem no movimento, auxiliando o bombeamento sanguíneo nas veias.
·         Bomba Respiratória: músculos respiratórios contraem e relaxam, também ajudando no bombeamento sanguíneo.
·         Venoconstrição: impedem que o sangue retorne após passar uma determinada área da veia.

Este aumento se dá pois há um retorno venoso maior para o coração, aumentando o volume de sangue em seu ventrículo esquerdo. Posteriormente aumentando o volume de sangue na Sistole.
OBS: Aumenta a injeção de sangue no coração e consequentemente aumenta a ejeção de sangue.
Pós-Carga a viscosidade do sangue aumenta, pois á uma desidratação do organismo. O comprimento do conduto se mantém. Já o raio do conduto aumenta, devido ao exercício e devido ao calor que é gerado. Resultando em uma diminuição do Volume Sistólico.


Débito Cardíaco (Q)

FC x VS
Quantidade de sangue que é ejetado no organismo por minuto.

            OBS: O sistema se ajusta conforme a demanda do organismo para o consumo de O2 necessário.
                        Ex:      Pouco VS = Maior FC       
                                   Muito VS = Menor FC
                                   (Se regulam)

            No exercício, há tanto aumento de FC, quanto de VS.

            A distribuição do Débito Cardíaco Cerebral não se altera, exceto quando estamos deitados e em seguida levantamos.

Regulação da PA e exercício

Regulação da PA e exercício

A regulação da Pressão Arterial (PA) pode ser Miogênica ou Neurogênica.

Neurogênica:
 Barorreceptores existem em todos os vasos, porém existem mais no Vaso Aorta e no Seio Carótido. Quando o fluxo sanguíneo está muito alto, estes barorreceptores são ativados. Geram estímulos elétricos (potencial de ação), para serem enviados até o centro adrenérgico (situado no Bulbo). Com isso o centro adrenérgico estimula o sistema simpático, realizando então ma bradicardia reflexa. Acontecendo então uma redução no fluxo sanguíneo, e consequentemente uma diminuição de PA.

P (Pressão)= F(fluxo) + R(Resistência)

Miogênica:
            Vasos com endotélio relaxam com a ação de Acetilcolina (ACh). Já os vasos sem, não relaxam. ACh faz o endotélio produzir o EDRF (Fator Relaxante Derivado do Endotélio), substancia que causa o relaxamento. O aumento do fluxo sanguíneo aumenta o contato no endotélio, e consequentemente o contato com ACh. Juntamente é ativado a enzima NOS que realiza a conversão de L-angina em L-citrulina + Óxido Nítrico (NO). O óxido por sua vez ativa o guanilato ciclase, que este transforma GTP em GMPc. Este GMPc que por sua vez desfosforila as cadeias de miosina, causando um relaxamento dos sarcômeros da musculatura lisa.Resultando então em uma vasodilatação.


            Pressão Arterial Sistólica (PAS) é verificada no momento de maior fluxo. Já a Pressão Arterial Diastólica é verificada no momento de menor fluxo, restando principalmente a resistência do vaso como fator fundamental para a pressão. Com o exercício temos uma vasodilatação, diminuindo a resistência do vaso. Consequentemente uma diminuição da PAD.


No exercício estático (por exemplo, força), musculatura contrai muito com uma carga muito elevada. Acaba “estrangulando” os vasos, mesmo que fisiologicamente façamos vasodilatação.


PAS x FC = DP (Duplo Produto) à MVO2 (Consumo de Oxigênio Miocárdio)

            FC aumenta muito no exercício dinâmico. Já no treinamento estático aumenta pouco (muito menor que no dinâmico). O estresse cardíaco é muito menor no exercício estático em relação com o dinâmico. Devido a uma menor FC e consequentemente um menor DP.

            Quando nos aproximamos de uma falha mecânica muscular, há um aumento de recrutamento muscular. Com isso também gera um aumento de PA (um aumento facilitado). Treinamento físico melhora a musculatura, com isso é menor o recrutamento muscular e menor estresse nos vasos. Posteriormente a PA nos exercícios irá ser menor com o passar dos treinamentos.


Função Endotelial e Aterosclerose

Função Endotelial e Aterosclerose


O endotélio e as células endoteliais funcionam como se fossem transductores, receptores distintos de sinais que são colhidos na circulação e depois vão, através da sua função, modular os efectores do vaso. O efector mais importante do vaso é a sua camada muscular que permite que contraindo haja vasoconstrição e que dilatando haja vasodilatação. A camada muscular pode ser maior ou menor: imaginando dois vasos com o mesmo calibre e a mesma estrutura, que sejam submetidos a um mesmo estímulo que provoque a contracção da camada muscular, a diminuição do calibre vascular é tanto maior quanto maior for a camada muscular. A camada muscular pode ser maior ou menor percentualmente na parede do vaso e isso tem implicações na função final. O endotélio colhe então a informação da circulação e vai levá-la até à parede vascular de modo a que a parede vascular se adapte àquilo que são as condições hemodinâmicas em cada um dos territórios.

Disfunção Endotelial (Aterosclerose)
            O sangue que percorre no interior dos vasos sanguíneos, gera um atrito com as paredes do tecido endotelial por onde passam. Deste atrito há um aquecimento e consequentemente radicais livres de oxigênio (RLOs) são liberados no sangue. No sangue também temos a lipoproteína transportadoras de colesterol, a LDL. E esta acaba sendo oxidada pelo RLOs, se transformando em LDLóxi. Após oxidação, o LDLóxi penetra na camada subendotelial e lá monócitos são atraídos e que sofrendo algumas modificações se transformam em macrófagos. Com o acúmulo de lípidis no interior do tecido endotelial, os macrófagos começam a fagocitar as moléculas de LDL, incorporando gordura ao citoplasma e aumentando seu volume. Essa mudança de morfologia celular caracteriza as células espumosas, então chamadas de Foam Cell. . O acumulo crônico de células espumosas causa a deformação da parede do vaso, estreitando a luz e formando uma placa aterosclerótica (ao longo de décadas de vida). Além disto, as células espumosas produzem uma enzima conhecida como MCP1, que faz aumentar a produção de monócitos e agravando o caso. Com este aumento da parede (Ateroma ou Placa Aterosclerótica) também há um aumento de estresse por cisalhamento, causando então mais atrito e consequentemente mais RLOs serão jogados na corrente sanguínea, podendo desencadear mais casos de ateromas ao longo dos vasos. O aumento de um ateroma pode causar o rompimento da parede do vaso. Sendo assim o colágeno, que tem muito afinidade por plaquetas, acaba por atraí-las e criando um acúmulo junto ao rompimento. Por as plaquetas possuírem uma função coagulante, o acúmulo começa a coagular e então trombos são formados. Podendo causar isquemia e infartos.  A prática regular de atividades físicas reduz o acúmulo de gordura e altera o conteúdo do sangue circulante, principalmente em relação a proporção LDL e HDL. O treinamento, sobretudo aeróbio, provoca a gradual remoção da placa de gordura já formada, devido a ação do HDL. Cronicamente o exercício promove a diminuição do estresse oxidativo devido ao aumento das enzimas antioxidantes, adaptação desse sistema, tornando-o mais eficiente.





CRIANÇA E IDOSO



CRIANÇA E IDOSO

CRIANÇA



  •  Possui uma superfície Corporal Relativa (SCR)  maior que a de um adulto.
  • Isso faz com que ela receba mais calor por radiação que um adulto.
  •  Recebe mais calor por condução e convecção porque ela tem maior composição corporal que um adulto.
  • Pouca produção de suor.
  • Exemplo: A criança tem mais risco de intermação quando se exercita ao ar livre pois, recebe mais calor por radiação do que o adulto, porque possui uma maior SCR.  Por produzir menos suor não consegue perder muito calor por evaporação, aumentando o risco de intermação. Condução e convecção  pouco interfere (valores insignificantes), pois, o ar funciona como um isolante térmico
  •  Na água a criança perde mais calor por convecção e condução. Exemplo: Bebê de 10 à 15min na água já “bate queixo”, senti frio.
  • Déficit de O2 menor que adulto.
  • EPOC menor na criança.
  • Durante a realização de exercícios de exercício de alta intensidade (anaeróbico) um adulto utiliza um sistema glicolítico como fonte energética, utilizando a enzima PFK (fosfofrutoquinase) para conversão de glicose a piruvato. Uma criança de 9 anos possui níveis baixíssimos de PFK logo, utiliza-se predominantemente ATP-CPe do sistema lipolítico para obtenção de energia. Com pouca PFK, existe pouca produção de piruvato e consequentemente baixos níveis de lactato. A produção da PFK aumenta somente com a chegada da puberdade portanto, atividade anaeróbias não resultam em melhora de performance.
 

IDOSO



Com o passar dos anos e a chegada do envelhecimento a pessoa tende a perder  altura e ganhar . Normalmente a redução na altura começa em torno dos 35 a 40 anos de idade, sendo atribuída a má postura e compressão dos discos intervertebrais dando início ao envelhecimento. A osteopenia e a osteoporose passam a estar presentes em mulheres por volta dos seus 40 a 50 anos, em homens nos seus 50 a 60 anos.

  • SARCOPENIA: perda de massa muscular.
  • OSTEOPENIA: baixo níveis minerais ósseo que antecipa a osteoporose.
  • Maior chance de OSTEOPOROSE pois, o envelhecimento reduz  os osteoblastos que são responsáveis  por levar o cálcio para o osso.
  • OSTEOPOROSE: perda intensa de massa óssea acompanhada da deterioração da microarquitetura dos ossos aumentando o risco de fraturas.
  • Mais chances de ATEROSCLEROSE.



RECOMENDAÇÕES


  • Reforço muscular é recomendado para fortalecer músculos e ossos.

  • Hidroginástica também é indicada pois, não tem impacto pra articulação que pode estar com limitações e/ou desgaste e /ou inflamações.

  • O exercício melhora a função respiratória, o desenvolvimento da musculatura cardíaca, a metabolização do colesterol, a melhora na massa muscular e libera endorfina, melhora o humor.

  • Até mesmo em indivíduos com idade entre 80 e 90 anos o treinamento pode ajudar a minimizar essas mudanças na composição corporal.
  • Portanto, é importante o treinamento de força para frear ou inverter o processo de sarcopenia. Sendo assim, conseguem aumentar (recuperar) a massa muscular que se degenerou. E o treinamento aeróbio também é importante, pois ele retarda a queda de VO2máx do indivíduo.
  •  Um estilo de vida ativo parece estar associado a um aumento pequeno de longevidade e qualidade de vida.
 IDOSO MAIS FELIZ!